Talibã e Bolsonarismo: 4 similaridades e 4 diferenças

A retirada das tropas estadunidenses do território afegão, coloca o Talibã de volta ao centro das manchetes. A verdade é que poucos brasileiros conhecem a história deste grupo e até mesmo entre jornalistas ainda é um tema bastante desconhecido ou controverso.

Mas alguns fatos consolidados me chamaram a atenção, ao estudar sobre isso. Muitas características desta milicia terrorista se assemelham às das milicias bolsonaristas.


Semelhança 1: origem golpista apoiada pelos EUA

Ambos são grupos que em sua origem foram estimulados por agentes do governo dos EUA com o intuito de barrar a “ameaça comunista”. Vale ressaltar que na realidade os EUA pouco se importam com a democracia ou os direitos humanos no mundo, ainda que usem isso como desculpa para interferir em outros países. Prova disso é que dois dos maiores parceiros dos EUA no oriente médio são a ditadura sanguinária da Arábia Saudita e o estado terrorista de Israel, que assassina crianças palestinas e rouba terras dos vizinhos na maior “cara-de-pau”. É comum encontrar as digitais sujas dos americanos ao investigar diversos locais do mundo cuja democracia foi sabotada em algum momento. Documentos históricos e atuais comprovam que os EUA sempre tentaram sabotar a democracia na América Latina pois temem perder a hegemonia e o controle político e financeiro sobre o continente. Eles tiveram participação no golpe contra Dilma e posteriormente na fraude eleitoral de 2018, pois reconheceram em Bolsonaro um político totalmente subalterno e pronto a acolher projetos neoliberais. Da mesma forma, foram os EUA que armaram e financiaram o Talibã nos anos 80/90 com o intuito de desacelerar a influência dos soviéticos naquela região. Os EUA financiaram o Talibã para derrubar o governo afegão que, na época, se alinhava politicamente com os soviéticos.

Diferença 1

Vale lembrar que neste caso, com o tempo, o Talibã se diferenciou do bolsonarismo ao recusar fidelidade aos interesses dos EUA. Se você acha que os EUA combatem o Talibã por este ser um grupo terrorista e sanguinário, pegue um atlas e olhe com atenção. Vai descobrir que tem muitos outros países comandados por grupos igualmente sanguinários (ou até piores), mas que estão lá, conduzindo suas atividades de boas. Sabe por quê? Porque não vão contra os interesses dos americanos. Na verdade até os beneficiam comercialmente, como o já citado exemplo da Arábia Saudita que fornece petróleo, ou estratégicamente, como os israelenses que permitem que os americanos usem seu território como base nas táticas para roubar petróleo dos vizinhos que não sejam alinhados como a arábia saudita. O Talibã não quis se submeter. Já os bolsonaristas, são totalmente subservientes e subalternos aos EUA. É até curioso, pois embora se digam “patriotas”, bolsonaristas geralmente são absurdamente fanáticos pelos EUA.


Semelhança 2: milicianos

O Talibã foi controlando gradativamente as áreas do interior do Afeganistão, áreas rurais negligenciadas pelo estado. Impondo um estado paralelo, regido pelo terror e pela ameaça, o Talibã cobra pedágios dos moradores por cada serviço básico, com o pretexto de isso ser uma espécie de “taxa de proteção”. Apropriando-se inclusive das atividades do crime organizado local, em especial o cultivo de campos de papoula e o posterior tráfico de ópio. De modo semelhante, a família Bolsonaro é notadamente ligada às milícias do RJ. Grupos criminosos paramilitares, geralmente compostos por policiais e ex-policiais corruptos que fazem exatamente a mesma coisa que o Talibã, só que no estado do RJ (inclusive há suspeitas que graças às redes de influencia bolsonaristas no governo federal, estão conseguindo expandir para outros estados e atividades, como por exemplo a mineração ilegal na Amazônia).

Diferença 2

No Afeganistão, o Talibã tem conseguido assumir praticamente todas as atividades. No caso dos milicianos do RJ, o tráfico de drogas ainda está nas mãos de outras facções.


Semelhança 3: misoginia

A ONU e diversas organizações internacionais de direitos humanos denunciam a gravíssima situação a que as meninas e mulheres são submetidas sob regime do Talibã. De forma semelhante, os bolsonaristas cultivam a idéia de inferioridade da mulher. Defendem inclusive a normalização da agressão às mulheres. É comum ver os bolsonaristas agredindo e desfilando todo seu repertório de covardias especialmente contra mulheres. Desde perseguições em redes sociais a agressões físicas de fato. A misoginia é uma característica de destaque do bolsonarismo e possivelmente o que o Talibã realiza, é o grande sonho dos fundamentalistas bolsonaristas. O pensamento de que mulheres não devam estudar ou trabalhar é um ponto em comum entre os extremistas do Talibã e os bolsonaristas. Mulheres independentes os fazem entrar em pânico. Além disso, bolsonaristas riem de frases como “não te estupro porque você é feia” ou “tive uma filha mulher, foi uma falha”. O preocupante é o quanto os fanáticos de Bolsonaro aparentemente apreciam e concordam com sua mentalidade de estuprador. Assim como no caso do Talibã, os ataques misóginos dos bolsonaristas costumam entrar no campo da desumanidade.

Diferença 3

Embora a misoginia seja uma característica essencial ao bolsonarismo, esta característica divide as atenções no projeto “conservador” com o racismo e a lgbtfobia.


Semelhança 4: extremismo religioso

O Talibã pauta seus atos a partir de uma interpretação radicalizada dos textos do islã. Segundo os grandes mestres em teologia islâmica, é uma interpretação distorcida e equivocada, repleta de idéias infundadas e e incoerências praticadas conforme a conveniência dos líderes radicais. De igual modo, o bolsonarismo aplica interpretações distorcidas de passagens bíblicas na tentativa de dar um fundo de “guerra santa” aos arroubos autoritários do presidente. Pesa ainda o fato de que pastores evangélicos, donos de igrejas famosas, seduzidos pelas ligações com o poder e a oportunidade de obter vantagens financeiras, utilizam sua influência para turbinar as redes de “fake news” bolsonaristas. Especialmente pastores que aplicam o conceito de “esquema da pirâmide” para enriquecer explorando a ignorância dos fiéis menos esclarecidos que os seguem cegamente. Neste caso, o apoio da famigerada e notadamente corrupta ‘bancada evangélica’ acaba sendo determinante para os esforços bolsonaristas de associar seu “movimento conservador” com o fundamentalismo religioso neopentecostal.

Diferença 4

O Talibã utiliza uma interpretação radicalizada dos ensinamentos do islã. O bolsonarismo usa em seu discurso uma distorção radicalizada dos ensinamentos do cristianismo. Além da diferença da “religião-base”, aqui possivelmente temos uma diferença de motivação também: para o Talibã, a utilização de conceitos do islã seria uma forma de justificar sua existência e atos perante a comunidade muçulmana e tentar amealhar apoiadores através do conceito de jihad. No caso dos bolsonaristas, o interesse é eleitoreiro e a tentativa é de abocanhar religiosos mais alienados, pré-dispostos a acatar o conceito de “enviado messiânico”. Vale ressaltar que, assim como os muçulmanos repudiam interpretações radicais do islã que levam ao terrorismo, os cristão de um modo geral repudiam radicalismos de fundamentalistas cristãos. Por aqui, parte dos evangélicos no Brasil repudia o uso político e distorcido que Bolsonaro faz da religiosidade e fazem oposição ativa a isto


Particularmente a impressão que tenho é que caso não tivéssemos aqui no Brasil uma democracia um pouco mais sólida e desenvolvida que no Afeganistão, se Bolsonaro e seus fanáticos seguidores fossem deixados à vontade, possivelmente teríamos cenas semelhantes ou piores às que vimos ao longo de toda essa crise provocada pela insurreição do Talibã. Embora, dependendo da região do país, a situação seja de fato algo nesse nível já, como nas comunidades do RJ sequestradas pelas milícias ou as comunidades indígenas atacadas por milicianos bolsonaristas do garimpo ilegal e pelos madeireiros ilegais amigos da cúpula bolsonarista. Com mais semelhanças do que diferenças entre Talibã e bolsonarismo, fica a reflexão para os brasileiros se ter um governo com mentalidade miliciana e de fundamentalismo ideológico realmente vale a pena…

Ligue os pontos e tire suas próprias conclusões.


Dependencia e morte – O 7 de setembro bolsonarista.

“Desordem e Regresso”

As pessoas mais velhas contavam de um tempo antigo, em que as pessoas neste país viviam sob um estado ‘normalizado’ de pobreza e servidão. Ter casa, ou carro ou carne para comer era privilégio para poucos. Com a democratização do país e a posterior estabilização econômica, veio a mobilidade social e as pessoas puderam sonhar com algo além da escravidão funcional.
Mas nem todo mundo ficou feliz com isso.
Bolsonaro é a resposta de uma parte da sociedade que nunca aceitou o fim da escravidão e do colonialismo. Um palhaço espalhafatoso para dar ares de humor ao ódio institucionalizado.
O famigerado “odeio ver empregada indo pra disney” foi só uma pequena confissão do que essa parcela da população realmente pensa.
São os 30% felizes de ver o Brasil rumando de volta a 1964, ao menos pelo menos do aspecto socioeconomico (altos índices de desigualdade, ataques sistemáticos à democracia, pobreza crescente e concentração de riquezas nas mãos de pequenos grupos amigos do poder)…
Detonando a educação, para ver se recupera aquele índice de analfabetismo que permitiria domar na miséria uma massa submissa; detonando o meio ambiente para tentar agradar antigos mestres coloniais; detonando todos os sistemas de proteção social como sindicatos, saúde pública, conselhos de participação da sociedade civil, para fraudar novamente a democracia…
Esse sempre foi o projeto.
Essa resistência a mudanças progressistas sempre existiu e é a maior razão da humanidade ainda ser desigual e subdesenvolvida e muitos aspectos.
Sem dúvida é o pior governo da história.

Apenas ligue os pontos.


2020 ou 1920?

Alfred Rosenberg, um dos arquitetos ideológicos do 3° Reich, citou os E.U.A [de sua época] como “esplêndido país do futuro, por ser um estado racial”, prestando os maiores louvores ao modelo de estado discriminatório norte-americano, como ‘um exemplo a ser copiado’. Décadas depois, o modelo ressurge com Trump e seus supremacistas. Assim como no Brasil, com a mentalidade colonialista da extrema direita saindo das catacumbas, atualmente com os bolsonaristas, com apoio da bancada escravagista que nunca aceitou o desenvolvimento progressista.
Agora está nas mãos da presente geração – tanto nos EUA quanto no Brasil – decidir se as primeiras décadas deste século rumarão para ser uma cópia do obscuro século passado, ou se finalmente romperemos as cadeias da era das trevas de uma vez por todas. A conferir.


A pandemia e a História

A História com “H” maiúsculo vai contar para gerações futuras o que de fato aconteceu. A História vai registrar o trabalho valoroso de todos aqueles que fizeram de tudo pra combater a pandemia, os profissionais da saúde em primeiro lugar.
Mas a história vai registrar também aqueles que se omitiram, os que foram negligentes, os que foram desrespeitosos. A história atribui glória e história atribui desonra. E história fica pra sempre.

Editorial, abertura do Jornal Nacional em 20 de junho de 2020

O Bom Samaritano hoje

Você já leu a parábola do bom samaritano? (Tá na bíblia, Lucas 10:25).
A história do bom samaritano serve pra ilustrar bem os tempos modernos. A exemplo do que foi narrado na história, em que aqueles que endeusavam a si mesmos como exemplos máximos de moral, mas na prática não consideravam o próximo, temos hoje o “defensor da família”, que defende coisas como o bolsonarismo.
Porque se Jesus disse que o resumo de toda lei de Deus é “amar o próximo como a si mesmo”, como podem pessoas que enchem a boca pra se dizerem supostamente cristãos (portanto teoricamente seguidores de Jesus), seguirem fanaticamente um sujeito que se orgulha de trazer a mensagem do ódio? Pois a base do bolsonarismo é o ódio, com ideais que abertamente defendem e glorificam o neofascismo, o racismo, a misoginia, o nepotismo, a xenofobia, a desigualdade social, o obscurantismo anti-ciência, a lgbtfobia, a ditadura militar, etc…
A exemplo daqueles que na parábola se desviavam do necessitado por se acharem melhores que ele, aqueles que se autoproclamam ‘mestres da lei’ mas que na prática, pouco se importam com as pessoas, desconhecem o conceito de justiça social e servem ao único propósito de conseguirem glória pessoal e riqueza material. Estão preocupados em construir supertemplos e e endeusarem pseudo-sacerdotes popstars (usarei o termo ‘pseudo’ para não ofender os sacerdotes verdadeiros, porque graças a Deus ainda existem os verdadeiros). Para protegerem seus lucros não hesitaram em se unir a um pregador da morte e da separação. O extremismo religioso encontrou na extrema direita o seu ninho perfeito.
Ao passo que, como na parábola, justamente aqueles que muitas vezes são alvo do preconceito são os que provam com atitudes o que é dignidade de verdade. Por exemplo, enquanto alguns pais héteros abandonam suas crianças, temos casais lgbt tentando adotá-las; Enquanto em um evento teoricamente evangélico colocaram um cara como Bolsonaro, que só fala de ódio e pouco se importa com a vida, para ser adorado no palanque, tivemos neste ano uma escola de samba pregando o fundamento do evangelho, ao apresentar de forma marcante o Jesus que se identifica com o povo; enquanto em meios conservadores se ensina que há normalidade em que os patriarcas da casa abusem das esposas e filhos pois são suas ‘propriedades’, temos aí os movimentos sociais para bater de frente e mostrar que direitos humanos estão acima de tradições.
Exemplos não faltam, não precisa nem fazer muita força pra ligar os pontos.
Quem diria que hoje é mais fácil achar Jesus numa escola de samba do que em uma marcha pra Jesus.

Ligue os pontos



O Brasil verdadeiro prevalecerá!

Antifas, uní-vos!

Vamos às estratégias? Para combater o bolsonarismo com efetividade eu acredito que algumas bandeiras devem ser levantadas. A primeira delas é a bandeira do Brasil. Não se pode deixar nossa bandeira representar essa ideologia nefasta e violenta. O Bozo não pode continuar sendo o símbolo do nacionalismo.O Brasil é mais que isso. Recuperar esse símbolo é essencial para expurgar de vez o Bolsonarismo no Brasil. Não tenha medo de ser democrata e se manifestar COM O SÍMBOLO DO SEU PAÍS. Já pensou o Bozo vai embora e fica representado sempre que a bandeira aparece? Não dá pra correr esse risco. Nossa bandeira não é fascista. Usem-na contra o fascismo! Peguem de volta nosso símbolo nacional! O segundo golpe de mestre seria demonstrar um amplo apoio popular ao STF e ao inquérito das Fake News. EU APOIO O INQUÉRITO DAS FAKE NEWS – essa é a frase de cartaz mais temida pelo bolsonarismo. O principal alicerce do Bozo é a desinformação. Aquele “acabou porra” seguido de toda histeria dos influencers bolsonaristas após a apreensão de celulares e computadores não foram a toa. O apoio popular vai dar segurança pro STF desvendar essa farsa bolsonarista, sem a desinformação ele não é nada. O BOLSONARISMO NÃO DOMINA AS RUAS, MAS DOMINA AS REDES SOCIAIS. Ocupem qualquer espaço de debate político que tiver oportunidade. Desmistifique qualquer notícia falsa que te chegue. Compartilhe influencers anti-bolsonaristas. O momento é esse. Eles trabalham sem parar para controlar narrativas nas redes.
ORGANIZAÇÃO. No Brasil morre 1 por minuto de Covid19. A tendência é piorar. Protestos parados/sentados são a melhor opção para quem decidir ir para as ruas, basta ter organização. É mais fácil manter o distanciamento e vai chamar a atenção da mesma forma. Milhares de pessoas sentadas a metro e meio de distância é uma aula de CIVILIDADE a quem tem se mostrado o advogado da barbárie. A linguagem do protesto não pode ser a linguagem da irresponsabilidade e do confronto. Esse é o jogo deles. Leve álcool gel para você e ofereça a quem tiver perto. Ninguém quer criticar o desmantelamento do SUS contribuindo para aprofundar seu colapso. #forabolsonaro #ditaduranuncamais #antifa

Walmir Estima

Fonte: Insta do Walmir Estima


COVID-19: Não se perca nessa crise

A Informação é a maior arma!

A situação é realmente séria e exige seriedade, sobriedade e comprometimento. Porém não há razão para pânico.

É um momento complexo, grave, mas que exige responsabilidade de todos nós – governos, sociedade civil, mundo corporativo. Se trabalharmos juntos, cada um fazendo a sua parte da melhor forma, será uma crise com menor impacto e com melhores chances de boa recuperação para a comunidade em geral.

Não é só o governo que tem responsabilidade, mas é um trabalho em conjunto de todas as esferas da sociedade!

A ordem do dia é INFORMAÇÃO

Não qualquer informação, mas tome como referência as informações e orientações transmitidas através de órgãos oficiais (Organização Mundial da Saúde-OMS, Ministério da Saúde, divulgações oficiais da secretaria de saúde da sua cidade, médicos de reputação reconhecida); jornalismo profissional de qualidade (Globo, Band, Estadão, Folha, BBC, El País, Reuters, CBN…)

Evite/Descarte: fake news de whatsapp; páginas obscuras e sem autor reconhecido do facebook; Record e SBT não são muito confiáveis, por não terem departamento de jornalismo profissional e sofrerem censura e manipulação dos seus proprietários; supostos médicos oportunistas vendendo produtos para combater o coronavírus; mensagens de leigos ou desconhecidos cuja fonte seja duvidosa.

ATENÇÃO: NÃO REPASSE INFORMAÇÕES DUVIDOSAS, POIS PODEM CUSTAR VIDAS!

Boatos como “vacina já pronta” ou “vírus não resiste ao calor”, são só algumas bobagens que quem tem o mínimo de bom senso deveria saber que não pode ser real (vacinas para humanos levam no mínimo 18 meses para serem liberadas para produção / se o vírus morre aos 25°, como ele infectaria um corpo humano, que precisa funcionar a cerca de 37°?)… Na dúvida, verificar a informação nos órgãos oficiais ANTES de sair divulgando!


Solidariedade e senso de comunidade

Infelizmente volta e meia ouvimos pessoas dizendo: “só atinge com gravidade idosos, crianças e pessoas com doenças graves; vou continuar agindo normalmente pois não faço parte deste grupo específico”.

Além de ser um grande engano acreditar que somente esses grupos mais vulneráveis podem ser atingidos, é também – ainda que fosse verdade – uma tremenda falta de empatia.

Foi confirmado que mesmo pessoas contaminadas, mas assintomáticas (aquelas que contraem o vírus porem não apresentam sintomas), podem continuar sua transmissão, contribuindo significaticamente com a proliferação.

Se não puder fazê-lo pelo dever ético ou o bom senso solidário, faça-o por si: quanto maior a proliferação, mais demorada e grave será a crise, podendo te atingir ainda que indiretamente (fechamento de postos de trabalho, crise econômica agravada, etc.)


Prevenção

As medidas de prevenção são aquelas básicas, muito simples mas que podem significar vidas poupadas se seguidas adequadamente por TODOS: lavar bem as mãos e evitar aglomerações.

Confira as orientações oficiais na íntegra aqui:

Saúde anuncia orientações para evitar a disseminação do coronavírus


“Não me sinto bem, e agora?”Caso você ache que pode estar doente

TENHO SINTOMAS DE GRIPE (FEBRE, TOSSE SECA, DIFICULDADE PARA RESPIRAR). O QUE FAÇO?

Quem não teve contato com um possível transmissor provavelmente tem um resfriado
ou outro tipo de gripe. Segundo o infectologista da USP Esper Kallás, pessoas com quadros leves deveriam receber orientações para ficar em casa com remédios para os sintomas, hidratação e
repouso. Já a falta de ar progressiva é sinal de infecção grave pelo novo coronavírus. “Se a pessoa tem nariz escorrendo, um pouquinho de tosse e uma febre baixa, a doença é benigna. Se ela começa a ter tosse mais intensa, com catarro com pus, febre alta com calafrios, falta de ar, com as ponta dos dedos e os lábios arroxeados, tem que ir para o hospital.”

Por que todo mundo não deveria ir para o hospital?

“A pessoa que vai para o hospital com dor de cabeça e um pouco de febre tem grande chance de pegar coronavírus na sala de espera do sujeito ao lado.”
Segundo Kallás, não adianta fazer testes diagnóstico em todo mundo. “A prioridade deve
ser a população com risco de ter a doença mais grave, como idosos e pessoas com
doenças crônicas, e profissionais de saúde.”
Em caso de dúvida, consulte um médico por telefone, se possível, para receber
orientações sobre o que fazer.

DEVO PROCURAR UM SERVIÇO DE SAÚDE MESMO SEM SINTOMAS?

Não. Atualmente, não há recomendação para que casos sem sintomas sejam testados para o novo vírus. “Do ponto de vista da saúde pública, não vamos fazer exame em todo mundo para, numa loteria esportiva, saber se alguém teve o vírus”, disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
O risco maior é de acabar pegando o coronavírus no próprio hospital.


Use a cabeça! A atitude inteligente é a maior arma contra qualquer crise, inclusive esta!



Dois anos depois, caso Marielle continua sem solução

Entenda o caso, se posicione!

Quem foi o mandante da execução? Qual foi a motivação para o crime? Por que Marielle incomodava tanto? Por que um dos suspeitos foi coagido a assumir a autoria do crime?

Breve resumo para você entender o contexto

Na noite de 14 de março de 2018, Marielle Franco foi morta por tiros disparados de um veículo em movimento na cidade do Rio de Janeiro. Seu motorista, Anderson Gomes, também foi atingido e morto.

Marielle nasceu em 27 de julho de 1979 na Maré, uma favela na região norte do Rio de Janeiro, onde viveu a maior parte de sua vida. Ela se identificava como uma mulher negra bissexual, tinha uma filha de 19 anos e era casada com Monica Benício. Marielle se formou em sociologia e mais tarde conseguiu o título de mestre em administração pública. Seu ativismo e seu papel significativo como defensora de direitos humanos ganharam força em 2005, quando uma amiga próxima foi morta a tiros durante um tiroteio entre a polícia e membros de um grupo criminoso.

Como defensora de direitos humanos, Marielle Franco trabalhava incansavelmente para promover os direitos de mulheres negras, pessoas LGBTI e jovens das favelas e outras comunidades marginalizadas no Rio de Janeiro. Entre 2006 e 2016, Marielle foi membro da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia do Estado do Rio de Janeiro. Nesse período, ela denunciou publicamente execuções extrajudiciais e outras violações dos direitos humanos cometidas por forças de segurança e outros agentes do Estado.

Em 2016, Marielle Franco concorreu pela primeira vez às eleições municipais do Rio de Janeiro e foi eleita vereadora. Ela foi a quinta mais votada naquele ano e começou no cargo em janeiro de 2017. Como vereadora, Marielle concentrou seu trabalho nos direitos das mulheres, nos direitos LGBTI e no direito à educação e também foi presidente da Comissão de Mulheres da Câmara Municipal.

O assassinato de Marielle Franco aconteceu quando a segurança pública do Rio de Janeiro já estava sob intervenção federal. A intervenção federal, neste caso uma intervenção de natureza militar, é um mecanismo previsto na Constituição brasileira e foi decretada pelo presidente em 16 de fevereiro de 2018. Nunca havia sido aplicada no Brasil desde a aprovação da Constituição em 1988. Poucas semanas após a promulgação do decreto, Marielle Franco foi nomeada relatora da comissão especial criada na Câmara Municipal para monitorar os impactos da intervenção federal. A forte posição de Marielle contra a intervenção federal era de conhecimento público.

Marielle Franco foi vítima de um assassinato. Dois anos após sua morte, ainda não há respostas sobrem quem matou ou o porquê.

Infelizmente algumas autoridades que estão atualmente no poder não tem interesse na verdade e sequer escondem sua alegria quando desastres deste tipo acontecem, como por exemplo o governador Witzel, orgulhoso de sua psicopatia, ou o doente presidente Bolsonaro e seus filhos sequelados.

Certos políticos oportunistas da extrema direita, e outros com fortes ligações com o crime organizado (especialmente tráfico de drogas e/ou milicias) tentaram difamá-la, para seduzir os alienados ao ódio, apresentando-a por vezes como inimiga da polícia, o que não é verdade, já que ela apenas defendia os direitos humanos da população vulnerável, coisa que o bom policial também defende.

Policiais éticos e verdadeiramente comprometidos com o proteger e servir sabem muito bem que aqueles que lutam pelos direitos humanos são seus maiores aliados na crucial missão de proteger a população; compreendem o que um atentado desses representa.


Não. Ela não era perfeita. Longe disso. Tinha seus problemas e defeitos como toda pessoa. Não é esse o caso. O caso é que ela era uma ativista que abraçou uma causa, uma bandeira. Vereadora legitimamente eleita, denunciava as violações dos direitos humanos. Infelizmente acabou então se tornando alvo do ódio de uma parcela da classe política que crê que uma pessoa não pode ter direitos se ela vier da favela, uma turma que rotula todo e qualquer morador de periferia como marginal, uma turma que considera a misoginia algo normal e que prega a inferioridade da mulher, uma facção que acredita que se uma pessoa não for cristã, nem branca, ou tiver uma preferencia sexual diferente da sua, essa pessoa TEM QUE MORRER.
Mais chocante ainda, uma parcela que representa de fato, parte de um Brasil obscuro, que estava escondido, mas que veio à tona novamente. Corações cheios de ódio, pessoas mal resolvidas e com graves falhas de caráter que encontraram em certos representantes políticos alguém que os representasse.
Parte da população até agora não entendeu direito isso. Uns alienados ainda acham que é “coisa política e se não é do meu partido tinha que morrer mesmo”. Outros só agora, talvez, irão parar pra ficar por dentro do que realmente houve.
Ela não morreu porque era a Marielle. Ela foi assassinada porque defendia uma coisa tão simples e básica: o direito humano para todos os seres humanos.
Eu sou afrodescendente. Eu nasci na favela. Eu tenho amigos LGBTs. Eu tenho amigos e parentes não cristãos. Fico triste ao saber que existem pessoas que nem os conhecem mas nos odeiam só por isso.
O ataque contra Marielle foi um ataque contra mim. Contra minha família. Contra todos que acham que um ser humano tem direitos simplesmente por ser humano. Ligue os pontos.

Evandro Valente

Algumas reflexões:



Mulheres homenageiam Marielle com figuras políticas:

Veja mais na página do facebook: Políticas.

Video: “Tirem suas prórpias conclusões” / Greg News

Ligue os pontos.