Talibã e Bolsonarismo: 4 similaridades e 4 diferenças

A retirada das tropas estadunidenses do território afegão, coloca o Talibã de volta ao centro das manchetes. A verdade é que poucos brasileiros conhecem a história deste grupo e até mesmo entre jornalistas ainda é um tema bastante desconhecido ou controverso.

Mas alguns fatos consolidados me chamaram a atenção, ao estudar sobre isso. Muitas características desta milicia terrorista se assemelham às das milicias bolsonaristas.


Semelhança 1: origem golpista apoiada pelos EUA

Ambos são grupos que em sua origem foram estimulados por agentes do governo dos EUA com o intuito de barrar a “ameaça comunista”. Vale ressaltar que na realidade os EUA pouco se importam com a democracia ou os direitos humanos no mundo, ainda que usem isso como desculpa para interferir em outros países. Prova disso é que dois dos maiores parceiros dos EUA no oriente médio são a ditadura sanguinária da Arábia Saudita e o estado terrorista de Israel, que assassina crianças palestinas e rouba terras dos vizinhos na maior “cara-de-pau”. É comum encontrar as digitais sujas dos americanos ao investigar diversos locais do mundo cuja democracia foi sabotada em algum momento. Documentos históricos e atuais comprovam que os EUA sempre tentaram sabotar a democracia na América Latina pois temem perder a hegemonia e o controle político e financeiro sobre o continente. Eles tiveram participação no golpe contra Dilma e posteriormente na fraude eleitoral de 2018, pois reconheceram em Bolsonaro um político totalmente subalterno e pronto a acolher projetos neoliberais. Da mesma forma, foram os EUA que armaram e financiaram o Talibã nos anos 80/90 com o intuito de desacelerar a influência dos soviéticos naquela região. Os EUA financiaram o Talibã para derrubar o governo afegão que, na época, se alinhava politicamente com os soviéticos.

Diferença 1

Vale lembrar que neste caso, com o tempo, o Talibã se diferenciou do bolsonarismo ao recusar fidelidade aos interesses dos EUA. Se você acha que os EUA combatem o Talibã por este ser um grupo terrorista e sanguinário, pegue um atlas e olhe com atenção. Vai descobrir que tem muitos outros países comandados por grupos igualmente sanguinários (ou até piores), mas que estão lá, conduzindo suas atividades de boas. Sabe por quê? Porque não vão contra os interesses dos americanos. Na verdade até os beneficiam comercialmente, como o já citado exemplo da Arábia Saudita que fornece petróleo, ou estratégicamente, como os israelenses que permitem que os americanos usem seu território como base nas táticas para roubar petróleo dos vizinhos que não sejam alinhados como a arábia saudita. O Talibã não quis se submeter. Já os bolsonaristas, são totalmente subservientes e subalternos aos EUA. É até curioso, pois embora se digam “patriotas”, bolsonaristas geralmente são absurdamente fanáticos pelos EUA.


Semelhança 2: milicianos

O Talibã foi controlando gradativamente as áreas do interior do Afeganistão, áreas rurais negligenciadas pelo estado. Impondo um estado paralelo, regido pelo terror e pela ameaça, o Talibã cobra pedágios dos moradores por cada serviço básico, com o pretexto de isso ser uma espécie de “taxa de proteção”. Apropriando-se inclusive das atividades do crime organizado local, em especial o cultivo de campos de papoula e o posterior tráfico de ópio. De modo semelhante, a família Bolsonaro é notadamente ligada às milícias do RJ. Grupos criminosos paramilitares, geralmente compostos por policiais e ex-policiais corruptos que fazem exatamente a mesma coisa que o Talibã, só que no estado do RJ (inclusive há suspeitas que graças às redes de influencia bolsonaristas no governo federal, estão conseguindo expandir para outros estados e atividades, como por exemplo a mineração ilegal na Amazônia).

Diferença 2

No Afeganistão, o Talibã tem conseguido assumir praticamente todas as atividades. No caso dos milicianos do RJ, o tráfico de drogas ainda está nas mãos de outras facções.


Semelhança 3: misoginia

A ONU e diversas organizações internacionais de direitos humanos denunciam a gravíssima situação a que as meninas e mulheres são submetidas sob regime do Talibã. De forma semelhante, os bolsonaristas cultivam a idéia de inferioridade da mulher. Defendem inclusive a normalização da agressão às mulheres. É comum ver os bolsonaristas agredindo e desfilando todo seu repertório de covardias especialmente contra mulheres. Desde perseguições em redes sociais a agressões físicas de fato. A misoginia é uma característica de destaque do bolsonarismo e possivelmente o que o Talibã realiza, é o grande sonho dos fundamentalistas bolsonaristas. O pensamento de que mulheres não devam estudar ou trabalhar é um ponto em comum entre os extremistas do Talibã e os bolsonaristas. Mulheres independentes os fazem entrar em pânico. Além disso, bolsonaristas riem de frases como “não te estupro porque você é feia” ou “tive uma filha mulher, foi uma falha”. O preocupante é o quanto os fanáticos de Bolsonaro aparentemente apreciam e concordam com sua mentalidade de estuprador. Assim como no caso do Talibã, os ataques misóginos dos bolsonaristas costumam entrar no campo da desumanidade.

Diferença 3

Embora a misoginia seja uma característica essencial ao bolsonarismo, esta característica divide as atenções no projeto “conservador” com o racismo e a lgbtfobia.


Semelhança 4: extremismo religioso

O Talibã pauta seus atos a partir de uma interpretação radicalizada dos textos do islã. Segundo os grandes mestres em teologia islâmica, é uma interpretação distorcida e equivocada, repleta de idéias infundadas e e incoerências praticadas conforme a conveniência dos líderes radicais. De igual modo, o bolsonarismo aplica interpretações distorcidas de passagens bíblicas na tentativa de dar um fundo de “guerra santa” aos arroubos autoritários do presidente. Pesa ainda o fato de que pastores evangélicos, donos de igrejas famosas, seduzidos pelas ligações com o poder e a oportunidade de obter vantagens financeiras, utilizam sua influência para turbinar as redes de “fake news” bolsonaristas. Especialmente pastores que aplicam o conceito de “esquema da pirâmide” para enriquecer explorando a ignorância dos fiéis menos esclarecidos que os seguem cegamente. Neste caso, o apoio da famigerada e notadamente corrupta ‘bancada evangélica’ acaba sendo determinante para os esforços bolsonaristas de associar seu “movimento conservador” com o fundamentalismo religioso neopentecostal.

Diferença 4

O Talibã utiliza uma interpretação radicalizada dos ensinamentos do islã. O bolsonarismo usa em seu discurso uma distorção radicalizada dos ensinamentos do cristianismo. Além da diferença da “religião-base”, aqui possivelmente temos uma diferença de motivação também: para o Talibã, a utilização de conceitos do islã seria uma forma de justificar sua existência e atos perante a comunidade muçulmana e tentar amealhar apoiadores através do conceito de jihad. No caso dos bolsonaristas, o interesse é eleitoreiro e a tentativa é de abocanhar religiosos mais alienados, pré-dispostos a acatar o conceito de “enviado messiânico”. Vale ressaltar que, assim como os muçulmanos repudiam interpretações radicais do islã que levam ao terrorismo, os cristão de um modo geral repudiam radicalismos de fundamentalistas cristãos. Por aqui, parte dos evangélicos no Brasil repudia o uso político e distorcido que Bolsonaro faz da religiosidade e fazem oposição ativa a isto


Particularmente a impressão que tenho é que caso não tivéssemos aqui no Brasil uma democracia um pouco mais sólida e desenvolvida que no Afeganistão, se Bolsonaro e seus fanáticos seguidores fossem deixados à vontade, possivelmente teríamos cenas semelhantes ou piores às que vimos ao longo de toda essa crise provocada pela insurreição do Talibã. Embora, dependendo da região do país, a situação seja de fato algo nesse nível já, como nas comunidades do RJ sequestradas pelas milícias ou as comunidades indígenas atacadas por milicianos bolsonaristas do garimpo ilegal e pelos madeireiros ilegais amigos da cúpula bolsonarista. Com mais semelhanças do que diferenças entre Talibã e bolsonarismo, fica a reflexão para os brasileiros se ter um governo com mentalidade miliciana e de fundamentalismo ideológico realmente vale a pena…

Ligue os pontos e tire suas próprias conclusões.


Lula encontra com FHC

Com os constantes ataques do governo Bolsonaro à democracia e às instituições, um simbólico almoço entre FHC e Lula traz ares de repactuação democrática ao Brasil

Isso quase todo mundo já sabe, mas é sempre bom reforçar. A recentes aberturas ao diálogo com rivais políticos, surpresa para alguns, não são surpresa nenhuma para quem acompanha a trajetória do presidente Lula. Sempre foi um estadista e sempre deixou claro, ao longo de sua carreira, que concorrentes políticos não são inimigos, não são alvos a serem atacados de forma pessoal. O debate é de idéias e para discordar não é necessário agredir ou desqualificar opositores. Encontrar com concorrentes para celebrar a democracia não implica necessariamente unificação política ou aliança para eleições, mas é o resgate do pacto democrático, em que se faz mais do que claro a restauração daquele ambiente em que se pode discutir idéias políticas e ter conflitos ideológicos, mas em momento algum perder o respeito e a cordialidade. Aqueles que amam a democracia reprovam a campanha suja e sectarista, pois o propósito do debate político é discutir as melhores formas de solucionar as demandas e problemas da sociedade (e não como criar guerras e destruir o tecido social). Política é diálogo, política é argumentação, política é defesa e inteligência. O que impulsiona o envolvimento político é o senso de comunidade, o senso de pertencer e o consequente desejo de que nossa sociedade progrida. E as diferenças políticas surgem da visão diferente que cada um tem sobre qual seria a melhor estratégia, mas em última instancia, o objetivo final é comum: o bem das pessoas, o bem do país. Das diferenças, e da convivência respeitosa delas surge a pluralidade e a inovação. O embate honroso que o pacto democrático pressupõe deve ser restaurado e celebrado.
Quando o indivíduo se apresenta com a proposta toda baseada no ódio, na separação, no desrespeito… Isso não é política; isso não é democracia. É uma grande desonra. E quando impera a desonra, só há medo e caos e guerra; não surge nada de bom.
Ligue os pontos, tire suas próprias conclusões.


O estado terrorista de Israel e o apartheid imposto aos palestinos


Em 1948, quando os britânicos que administravam aquela área resolveram abandoná-la, os Israelenses, sob patrocínio dos EUA começaram a invadir e colonizar as terras. Eles usaram as armas que receberam dos americanos para roubar a terra das famílias palestinas, que lá residiam há várias gerações. Graças aos rios de dinheiro e de armamento que receberam do ocidente, puderam resistir às tentativas dos árabes, legítimos donos, de retomarem a terra. Desde então, Israel vem roubando as terras das famílias palestinas, fazendo uso de áticas terroristas e violando pactos internacionais, inclusive as convenções de Genebra. Aparentemente, os judeus não tem nenhum tipo de empatia, já que se esquecendo do que passaram com os nazistas, vem adotando táticas similares ou até piores às que sofreu, entre elas atos que incluem agressão e tortura de cidadãos, apropriação indébita de terras e bens, bombardeios terroristas, assassinatos em massa especialmente de mulheres e crianças, boicote econômico e de serviços básicos, destruição de infra estruturas mínimas de sobrevivência como fornecimento de água, comida e energia elétrica, sequestro de cidadãos palestinos e a construção ilegal de muros em amplas áreas do território palestino. Na prática, Israel impõe um apartheid contra os palestinos, e volta e meia, como tem feito os últimos dias, executa ataques terroristas sistemáticos contra a população palestina (gentilmente chamados de “conflito” por parte da mídia, sendo que na verdade é um verdadeiro massacre).

É um show de desumanidade, mas aí fica a pergunta: porque a comunidade internacional não faz nada? Simples, pelo mesmo motivo que não faz nada contra outras ditaduras terroristas sanguinárias: interesse econômico.
Israel é um ponto estratégico para os EUA, a partir do qual pode estabelecer influencia e ter base para poder roubar petróleo do oriente médio. É por isso que os americanos investem bilhões em Israel (foram $4bi só ano passado).
Embora queiram se vender como bonzinhos os americanos não estão nem aí para o sangue das crianças palestinas, assim como não estavam para o sangue dos iraquianos e muito menos liga para o sangue dos sauditas. Isso ocorre porque quem realmente manda no governo dos EUA é a indústria do petróleo, que todos nós sabemos, é a mais antiética do mundo. Esta influência é ainda mais facilitada no cenário político dos EUA pois os lobistas se aproveitam da imbecilidade dos fanáticos religiosos, especialmente fanáticos evangélicos do mundo inteiro, mas sobretudo nos EUA, que idolatram esse estado Israel fornecendo alguma base política, para que Washington continue passando pano para as atrocidades cometidas.
Assim, mesmo com o mundo inteiro indignado com tamanha injustiça, e com as diversas tentativas de outros países no âmbito legal da ONU tentando tomar alguma providência humanitária, tais providencias são barradas pelos EUA, já que os americanos – povo mais egoísta e ganancioso da terra – estão pouco se fodendo pros desastres do mundo, eles não tão nem aí para as barbáries cometidas por Israel, para as mortes de mulheres e crianças, nem da palestina, nem de nenhum lugar do mundo, só ligam para o dinheiro, só pra isso. Como ninguém tá afim de entrar em guerra com os EUA, ninguém se envolve de fato para defender os palestinos do terrorismo de Israel.
Há quem diga que não exista solução para este problema, mas eu acho que existe sim. É preciso reestabelecer a justiça e devolver a palestina aos palestinos. Israel pode ficar com suas terras. A solução de dois estados já é bem generosíssima para os invasores israelenses. A solução passa pelos americanos e israelenses deixarem de ser gananciosos. Há esperança.


Mercado da fé a serviço da adoração à morte do bolsonarismo

E acredite, ainda tem até agora alguns falsos profetas relacionando um desastre mundial com seu fanatismo pessoal. Dizer que a contaminação por uma doença seja “ira de Deus” não só é uma crueldade, como de uma desonestidade intelectual sem tamanho. Vá ler a bíblia, e não dê ouvidos a esse bando de desgraçados que falam que doença é “castigo de Deus”. É preciso ser muito baixo, muito vil e totalmente desprovido de humanidade pra se ocupar de dizer essas maldades; isso é pecar contra o Espirito Santo. Maldito aquele que fica por aí “queimando o filme” de Deus com argumentações vazias de que “se não fizer o que eu quero Deus vai castigar vc”; isso é tentativa de controlar a vida dos outros via tortura psicológica, isso é o que a bíblia chama de feitiçaria maligna! Atitudes assim mancham o evangelho com ideologias contaminadas de ódio e baseadas em mentiras e engano.
Não deem ouvidos a extremistas religiosos egocêntricos que dizem imbecilidades como ‘vírus é coisa do diabo’ ou que quem não os obedece cegamente está em pecado. Isso é mentira!
Quantos fiéis sem entendimento caíram nesse papo e pagaram com a vida? Não seja ‘gado’ de falso profeta que só pensa em dinheiro. Não siga nenhuma orientação imbecil e antibíblica de empresários da fé, que estão “com o rabo amarrado” com o projeto nazifascista do Bolsonaro genocida. Doentes por fama e poder, apadrinharam um amante da morte que de Deus não tem nada. Se cuidem, se protejam e rejeitem essa idéia das trevas.
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P.S. > Em tempo: isso não é generalização contra todo cristão, pois tem muitas pessoas boas trazendo mensagens de amor e de esperança, muitas inclusive contrárias á mensagem de ódio do bolsonarismo, sendo que boa parte delas é cristã. A estes, meu respeito e solidariedade, neste momento em que no Brasil, o evangelho sofre uma grande crise com muitos falsos profetas queimando o filme do cristianismo com o bolsonarismo fanático.
Mas também pergunto: até quando os bons evangélicos, permitirão que estes sujeitos maus, os ‘donos de igreja’ que só agem em interesse próprio e pela própria fama os representem e usem o nome de Deus em vão apenas para justificar seus caprichos e gostos pessoais?


A derrocada da direita e o projeto da extrema direita sequestrando o Brasil e os Estados Unidos

Trump e Bolsonaro tentam sequestrar a “direita” como se o ultraconservadorismo neofascista fosse modelo de ‘política’, quando na verdade não passa de projeto totalitarista. Chamar estes sujeitos de ‘representantes’ é um insulto à memória daqueles que, independentemente do espectro político que preferem, sempre acreditaram na democracia e lutaram por ela. O partido republicano está manchando sua história, assim como os partidos brasileiros perdendo sua base moral, ao se associar a estas figuras. Partidos brasileiros que tem “social democracia”, “liberal” e “progressista” no nome, mas que na verdade se venderam para o projeto elitista faz é tempo, ou no caso dos EUA os republicanos que até ontem se orgulhavam de ser o “partido do Lincoln”, estão neste exato momento reescrevendo sua história e sem pudor nenhum deixam claro que acima de qualquer ideal, importam os lucros para os amigos do poder e a autopromoção acima de tudo.


Elitismo: herança colonial fraudando a democracia

“Elitismo” é um conceito segundo o qual o poder deve ficar sempre nas mãos de uma minoria privilegiada, também chamado de Oligarquismo.
Descrito inicialmente na filosofia, os critérios para se determinar essa ‘elite’ tinha como parâmetros características que os filósofos considerassem virtudes, como nível cultural e elevado padrão ético-moral.
Teoricamente, a idéia destes filósofos era que as grandes capacidades destas mentes privilegiadas trabalhassem em equipe para melhorar a vida da comunidade.
Contudo, quando este conceito foi estendido, ou melhor, sequestrado para o campo político-econômico, logo o critério para se fazer parte desta elite se tornou outro: o acúmulo de bens (independentemente da licitude ou não – dos meios utilizados para tanto).
Assim, o propósito desta elite não era mais a melhoria da comunidade como um todo mas construir um sistema que lhes permitisse continuar no poder e acumular riquezas – sistema este que dependia em grande medida de uma cultura de subserviência sendo implantada de forma eficaz entre a população geral.
No Brasil, boa parte das elites fez sua fortuna não necessariamente através do esforço próprio como gostam de dizer, mas na base da “canetada”, ganhando terras e privilégios de presente, ao se sujeitar aos caprichos de governantes desde o antigo império.
É claro, não quer dizer que todo mundo que é rico enriqueceu trapaceando. Mas sim, uma grande maioria dos abastados herdou sua fortuna.
Neste sentido, em diversas esferas da vidas pública, o Brasil vive uma democracia de fachada, uma vez que os instrumentos democratizantes são fraudados para que na prática o poder continue concentrado.
Exemplos não faltam. Os ‘coronéis’ que seja por coação, chantagem, seja por suborno, obrigam os cidadãos mais humildes a votarem em seus nomeados; os funcionários públicos que ‘tem que votar’ no atual prefeito porque é o ‘chefe’ deles, os patrões que impõem aos empregados em quem devem votar ‘porque o chefe é que sabe de tudo’; líderes religiosos que obrigam os fiéis a votarem em seus favoritos porque quem discordar deles ‘está em pecado’…
É um controle coercitivo que geralmente envolve abuso psicológico e econômico, como o exercido por coronéis e algumas igrejas, mas pode também incluir ameaças a integridade física, como por exemplo as que as milícias no RJ cometem.
O elitismo exclui o cidadão comum tanto da esfera administrativa (Executivo), quanto da mesa de elaboração das regras (Legislativo) e consequentemente do mediador que garante aplicação das regras (Judiciário).
Essa exclusão pode ser sentida no dia a dia.
Racismo, misoginia, lgbtfobia, intolerancia religiosa, nepotismo, desprezo pelo bem público e pelo meio ambiente… São apenas reflexos, desdobramentos desse elitismo excludente.
Isso mesmo: a injustiça social estrutural do Brasil e o elitismo estão diretamente relacionados.
É o banqueiro que fica revoltado vendo empregado indo pra Disney. É o shopping que trata cidadãos negros como criminosos de forma automática. É político envolvido com as milícias clamando pela volta da ditadura… É desvio de função de instrumentos de estado, como por exemplo a polícia, que passam a ser usados contra os cidadãos. É serviço público que falta nas periferias e dinheiro público despejado com regalias para amigos e parentes de governantes…
No Brasil, por oportunismo e laços históricos, há esse claro comprometimento da direita oligárquica com essa continuidade. O projeto neoliberal é a ‘meca’ dessa elite, cuja influência se estende inclusive na grande mídia.
Por outro lado, há uma RESISTÊNCIA progressista.
Contrapondo-se a isso e em defesa da real democracia, estão os grupos sociais que estão se conscientizando da necessidade de devolver ao povo o direito de escolha e decisão.
As maiores armas são o VOTO e a EDUCAÇÃO.
Por que você acha que a extrema direita se esforça tanto para desacreditar o sistema democrático e demonizar o sistema educacional?
Quando recebe educação de qualidade, o povo passa a ter uma compreensão real dos seus direitos e passa a exigir seu espaço nas tomadas de decisão, derrubando as oligarquias do poder.
O nome disso é DEMOCRACIA.

Defenda seu DIREITO. Lute pela DEMOCRACIA.

Poder para o Povo!

Vai votar! Mas não esqueça…

Toda cidade é impactada pelo seu voto. Inclusive você e as pessoas que você ama. Faça escolhas conscientes, pelamordedeus! Pare com essa idiotice de votar ‘em qualquer um’, votar ‘no santinho que achou no chão a caminho do colégio’, votar ‘em quem fulano ou fulana mandou’, votar em ‘quem prometeu te dar 50 reais’… Conheça projetos, conheça relacionamentos do seu candidato e PQP pare de votar em gente que declaradamente apóie políticas que agravam injustiças sociais e transmitam mensagens de ódio. A era colonial acabou faz tempo, mas sobrevive no país por causa da mentalidade de escravo de gente alienada que aceita docilmente a sufocação. Como diria a bela letra do Charlie Brown: Se não quer se foder, saia de cima do muro O ser humano descartável, a vida sem valor Final inevitável, o ódio sufocando o amor Informação manipulada Contribui pra formação da juventude limitada Que aceita facilmente a sufocação Tratando como herói quem age como vilão
Chega dessa palhaçada. Vota consciente!

Vai votar e não esqueça a máscara, a caneta, o título de eleitor e a cor da sua pele nem sua classe social.]


O caótico método eleitoral dos E.U.A.

A primeira vista, o Sistema eleitoral americano pode parecer confuso e ridículo (pra não  dizer  um sistema bem idiota). Mas não é bem isso. Não se enganem: é  um sistema  projetado desde a fundação do país para pra servir a elite. Este método de eleição  permite que o vencedor seja eleito mesmo se perder no voto popular. É o símbolo de falsa democracia, os votos de uns valendo mais do que de outros. Os próprios signatarios da declaração de independência dos E.U.A., chamados de fundadores do país, admitiam abertamente que  para eles, o modelo ideal de governo era uma elite tomando as decisões no lugar do povo, pois se o povo tomasse as decisões, estas decisões acabariam com o modelo neoliberal de concentração de renda nas mãos da elite, levando, segundo eles, o país à ruína.
Essa crença de que só uma elite iluminada tem direito de decidir o que acontece na nação também é profunfamente arraigada na cultura brasileira, de modo que não é surpresa nenhuma que parte da classe política daqui tenha tanta admiração por este modelo norte-americano de “democracia”.


Um governo de doentes

Tenho muita pena desse senhor. No fundo ele é  meio que uma representação de um tipo de pessoa muito comum no dia a dia: aquela pessoa que por ‘n’ motivos se sujeita a relações tóxicas e não percebe até que seja tarde demais. Aquele funcionário que desconhece ou ignora seus direitos e se sujeita a abusos do patrão. Aquela dona de casa que apanha em casa e é obrigada a se diminuir dia a dia por medo do que a sociedade vai pensar se ela se recusar a se sujeitar ao marido abusivo  cidadão de bem. Aquele adolescente que pra não ser excluído de algum grupo se sujeita a bulling ou abre mão da própria identidade e dignidade. Pazuello, abriu mão da racionalidade e mesmo dos princípios básicos de gestão eficiente (um ministro da saúde que recusa a ciência e e os ideais de profissionais da saúde), só pra agradar o chefe. Humilhado publicamente, escolheu abaixar a cabeça e obedecer cegamente a um presidente que nitidamente pouco se importa com ética,  nem se importa com a integridade mesmo de seus mais leais e produtivos apoiadores (vide como descartou Moro e Bebiano como se fossem lixo depois de tudo que fizeram por ele). É de dar pena ver como o fanatismo dos seguidores do bolsonarismo retira-lhes a capacidade de senso crítico e pensamento objetivo de forma tão grave. Aparentemente perdem não só o senso de humanidade para com os outros, mas também para consigo mesmos.


Privatização do SUS?

O neoliberalismo prega a socialização dos custos e prejuízos e a privatização dos lucros. É um sistema derivado do colonialismo, que persiste desde a antiguidade e que encontra ainda bastante abrigo na sociedade brasileira, onde a cultura da escravidão ainda está profundamente arraigada na elite – e pior, também nas massas menos alcançadas pela educação e conhecimento que aceitam docilmente tal cultura.
Defender o SUS é defender um dos grandes símbolos do progresso e de um novo mundo que os dinossauros coloniais nunca quiseram e farão de tudo pra destruir.