Talibã e Bolsonarismo: 4 similaridades e 4 diferenças

A retirada das tropas estadunidenses do território afegão, coloca o Talibã de volta ao centro das manchetes. A verdade é que poucos brasileiros conhecem a história deste grupo e até mesmo entre jornalistas ainda é um tema bastante desconhecido ou controverso.

Mas alguns fatos consolidados me chamaram a atenção, ao estudar sobre isso. Muitas características desta milicia terrorista se assemelham às das milicias bolsonaristas.


Semelhança 1: origem golpista apoiada pelos EUA

Ambos são grupos que em sua origem foram estimulados por agentes do governo dos EUA com o intuito de barrar a “ameaça comunista”. Vale ressaltar que na realidade os EUA pouco se importam com a democracia ou os direitos humanos no mundo, ainda que usem isso como desculpa para interferir em outros países. Prova disso é que dois dos maiores parceiros dos EUA no oriente médio são a ditadura sanguinária da Arábia Saudita e o estado terrorista de Israel, que assassina crianças palestinas e rouba terras dos vizinhos na maior “cara-de-pau”. É comum encontrar as digitais sujas dos americanos ao investigar diversos locais do mundo cuja democracia foi sabotada em algum momento. Documentos históricos e atuais comprovam que os EUA sempre tentaram sabotar a democracia na América Latina pois temem perder a hegemonia e o controle político e financeiro sobre o continente. Eles tiveram participação no golpe contra Dilma e posteriormente na fraude eleitoral de 2018, pois reconheceram em Bolsonaro um político totalmente subalterno e pronto a acolher projetos neoliberais. Da mesma forma, foram os EUA que armaram e financiaram o Talibã nos anos 80/90 com o intuito de desacelerar a influência dos soviéticos naquela região. Os EUA financiaram o Talibã para derrubar o governo afegão que, na época, se alinhava politicamente com os soviéticos.

Diferença 1

Vale lembrar que neste caso, com o tempo, o Talibã se diferenciou do bolsonarismo ao recusar fidelidade aos interesses dos EUA. Se você acha que os EUA combatem o Talibã por este ser um grupo terrorista e sanguinário, pegue um atlas e olhe com atenção. Vai descobrir que tem muitos outros países comandados por grupos igualmente sanguinários (ou até piores), mas que estão lá, conduzindo suas atividades de boas. Sabe por quê? Porque não vão contra os interesses dos americanos. Na verdade até os beneficiam comercialmente, como o já citado exemplo da Arábia Saudita que fornece petróleo, ou estratégicamente, como os israelenses que permitem que os americanos usem seu território como base nas táticas para roubar petróleo dos vizinhos que não sejam alinhados como a arábia saudita. O Talibã não quis se submeter. Já os bolsonaristas, são totalmente subservientes e subalternos aos EUA. É até curioso, pois embora se digam “patriotas”, bolsonaristas geralmente são absurdamente fanáticos pelos EUA.


Semelhança 2: milicianos

O Talibã foi controlando gradativamente as áreas do interior do Afeganistão, áreas rurais negligenciadas pelo estado. Impondo um estado paralelo, regido pelo terror e pela ameaça, o Talibã cobra pedágios dos moradores por cada serviço básico, com o pretexto de isso ser uma espécie de “taxa de proteção”. Apropriando-se inclusive das atividades do crime organizado local, em especial o cultivo de campos de papoula e o posterior tráfico de ópio. De modo semelhante, a família Bolsonaro é notadamente ligada às milícias do RJ. Grupos criminosos paramilitares, geralmente compostos por policiais e ex-policiais corruptos que fazem exatamente a mesma coisa que o Talibã, só que no estado do RJ (inclusive há suspeitas que graças às redes de influencia bolsonaristas no governo federal, estão conseguindo expandir para outros estados e atividades, como por exemplo a mineração ilegal na Amazônia).

Diferença 2

No Afeganistão, o Talibã tem conseguido assumir praticamente todas as atividades. No caso dos milicianos do RJ, o tráfico de drogas ainda está nas mãos de outras facções.


Semelhança 3: misoginia

A ONU e diversas organizações internacionais de direitos humanos denunciam a gravíssima situação a que as meninas e mulheres são submetidas sob regime do Talibã. De forma semelhante, os bolsonaristas cultivam a idéia de inferioridade da mulher. Defendem inclusive a normalização da agressão às mulheres. É comum ver os bolsonaristas agredindo e desfilando todo seu repertório de covardias especialmente contra mulheres. Desde perseguições em redes sociais a agressões físicas de fato. A misoginia é uma característica de destaque do bolsonarismo e possivelmente o que o Talibã realiza, é o grande sonho dos fundamentalistas bolsonaristas. O pensamento de que mulheres não devam estudar ou trabalhar é um ponto em comum entre os extremistas do Talibã e os bolsonaristas. Mulheres independentes os fazem entrar em pânico. Além disso, bolsonaristas riem de frases como “não te estupro porque você é feia” ou “tive uma filha mulher, foi uma falha”. O preocupante é o quanto os fanáticos de Bolsonaro aparentemente apreciam e concordam com sua mentalidade de estuprador. Assim como no caso do Talibã, os ataques misóginos dos bolsonaristas costumam entrar no campo da desumanidade.

Diferença 3

Embora a misoginia seja uma característica essencial ao bolsonarismo, esta característica divide as atenções no projeto “conservador” com o racismo e a lgbtfobia.


Semelhança 4: extremismo religioso

O Talibã pauta seus atos a partir de uma interpretação radicalizada dos textos do islã. Segundo os grandes mestres em teologia islâmica, é uma interpretação distorcida e equivocada, repleta de idéias infundadas e e incoerências praticadas conforme a conveniência dos líderes radicais. De igual modo, o bolsonarismo aplica interpretações distorcidas de passagens bíblicas na tentativa de dar um fundo de “guerra santa” aos arroubos autoritários do presidente. Pesa ainda o fato de que pastores evangélicos, donos de igrejas famosas, seduzidos pelas ligações com o poder e a oportunidade de obter vantagens financeiras, utilizam sua influência para turbinar as redes de “fake news” bolsonaristas. Especialmente pastores que aplicam o conceito de “esquema da pirâmide” para enriquecer explorando a ignorância dos fiéis menos esclarecidos que os seguem cegamente. Neste caso, o apoio da famigerada e notadamente corrupta ‘bancada evangélica’ acaba sendo determinante para os esforços bolsonaristas de associar seu “movimento conservador” com o fundamentalismo religioso neopentecostal.

Diferença 4

O Talibã utiliza uma interpretação radicalizada dos ensinamentos do islã. O bolsonarismo usa em seu discurso uma distorção radicalizada dos ensinamentos do cristianismo. Além da diferença da “religião-base”, aqui possivelmente temos uma diferença de motivação também: para o Talibã, a utilização de conceitos do islã seria uma forma de justificar sua existência e atos perante a comunidade muçulmana e tentar amealhar apoiadores através do conceito de jihad. No caso dos bolsonaristas, o interesse é eleitoreiro e a tentativa é de abocanhar religiosos mais alienados, pré-dispostos a acatar o conceito de “enviado messiânico”. Vale ressaltar que, assim como os muçulmanos repudiam interpretações radicais do islã que levam ao terrorismo, os cristão de um modo geral repudiam radicalismos de fundamentalistas cristãos. Por aqui, parte dos evangélicos no Brasil repudia o uso político e distorcido que Bolsonaro faz da religiosidade e fazem oposição ativa a isto


Particularmente a impressão que tenho é que caso não tivéssemos aqui no Brasil uma democracia um pouco mais sólida e desenvolvida que no Afeganistão, se Bolsonaro e seus fanáticos seguidores fossem deixados à vontade, possivelmente teríamos cenas semelhantes ou piores às que vimos ao longo de toda essa crise provocada pela insurreição do Talibã. Embora, dependendo da região do país, a situação seja de fato algo nesse nível já, como nas comunidades do RJ sequestradas pelas milícias ou as comunidades indígenas atacadas por milicianos bolsonaristas do garimpo ilegal e pelos madeireiros ilegais amigos da cúpula bolsonarista. Com mais semelhanças do que diferenças entre Talibã e bolsonarismo, fica a reflexão para os brasileiros se ter um governo com mentalidade miliciana e de fundamentalismo ideológico realmente vale a pena…

Ligue os pontos e tire suas próprias conclusões.


O estado terrorista de Israel e o apartheid imposto aos palestinos


Em 1948, quando os britânicos que administravam aquela área resolveram abandoná-la, os Israelenses, sob patrocínio dos EUA começaram a invadir e colonizar as terras. Eles usaram as armas que receberam dos americanos para roubar a terra das famílias palestinas, que lá residiam há várias gerações. Graças aos rios de dinheiro e de armamento que receberam do ocidente, puderam resistir às tentativas dos árabes, legítimos donos, de retomarem a terra. Desde então, Israel vem roubando as terras das famílias palestinas, fazendo uso de áticas terroristas e violando pactos internacionais, inclusive as convenções de Genebra. Aparentemente, os judeus não tem nenhum tipo de empatia, já que se esquecendo do que passaram com os nazistas, vem adotando táticas similares ou até piores às que sofreu, entre elas atos que incluem agressão e tortura de cidadãos, apropriação indébita de terras e bens, bombardeios terroristas, assassinatos em massa especialmente de mulheres e crianças, boicote econômico e de serviços básicos, destruição de infra estruturas mínimas de sobrevivência como fornecimento de água, comida e energia elétrica, sequestro de cidadãos palestinos e a construção ilegal de muros em amplas áreas do território palestino. Na prática, Israel impõe um apartheid contra os palestinos, e volta e meia, como tem feito os últimos dias, executa ataques terroristas sistemáticos contra a população palestina (gentilmente chamados de “conflito” por parte da mídia, sendo que na verdade é um verdadeiro massacre).

É um show de desumanidade, mas aí fica a pergunta: porque a comunidade internacional não faz nada? Simples, pelo mesmo motivo que não faz nada contra outras ditaduras terroristas sanguinárias: interesse econômico.
Israel é um ponto estratégico para os EUA, a partir do qual pode estabelecer influencia e ter base para poder roubar petróleo do oriente médio. É por isso que os americanos investem bilhões em Israel (foram $4bi só ano passado).
Embora queiram se vender como bonzinhos os americanos não estão nem aí para o sangue das crianças palestinas, assim como não estavam para o sangue dos iraquianos e muito menos liga para o sangue dos sauditas. Isso ocorre porque quem realmente manda no governo dos EUA é a indústria do petróleo, que todos nós sabemos, é a mais antiética do mundo. Esta influência é ainda mais facilitada no cenário político dos EUA pois os lobistas se aproveitam da imbecilidade dos fanáticos religiosos, especialmente fanáticos evangélicos do mundo inteiro, mas sobretudo nos EUA, que idolatram esse estado Israel fornecendo alguma base política, para que Washington continue passando pano para as atrocidades cometidas.
Assim, mesmo com o mundo inteiro indignado com tamanha injustiça, e com as diversas tentativas de outros países no âmbito legal da ONU tentando tomar alguma providência humanitária, tais providencias são barradas pelos EUA, já que os americanos – povo mais egoísta e ganancioso da terra – estão pouco se fodendo pros desastres do mundo, eles não tão nem aí para as barbáries cometidas por Israel, para as mortes de mulheres e crianças, nem da palestina, nem de nenhum lugar do mundo, só ligam para o dinheiro, só pra isso. Como ninguém tá afim de entrar em guerra com os EUA, ninguém se envolve de fato para defender os palestinos do terrorismo de Israel.
Há quem diga que não exista solução para este problema, mas eu acho que existe sim. É preciso reestabelecer a justiça e devolver a palestina aos palestinos. Israel pode ficar com suas terras. A solução de dois estados já é bem generosíssima para os invasores israelenses. A solução passa pelos americanos e israelenses deixarem de ser gananciosos. Há esperança.


A Páscoa do cristão bolsominion


Semana de Páscoa. Cristãos usam pra lembrar daquela vez que os ‘cidadãos de bem’ de Jerusalém prenderam, torturaram e assassinaram um jovem que perturbava o país com seus ensinamentos subversivos contra a injustiça social. O réu pregava coisas como respeito às pessoas (inclusive pobres, estrangeiros e mulheres), defendia esquerdopatias como direitos humanos, e absurdos como a separação entre Estado e Igreja (a Deus o que é de Deus a César o que é de Cesar, lembra?)… Parece que essas coisas enfureciam bastante os guardiões da moral, mas segundo registra a bíblia, quando ele ousou curar no sábado, diz que foi aí que os Pastores ‘defensores da família’ começaram a planejar a morte dele, afinal, quem esse maluco pensava que era pra contrariar os superpastores semideuses donos da chave do céu? O jovem ainda tinha terrível mania de ensinar a compartilhar o pão, criticava o neoliberalismo (um comunista dizendo que era mais fácil um camelo passar na agulha do que um amante de dinheiro ir por céu). Pra finalizar, teve a audácia de dizer que todos, isso mesmo, pasmem, TO-DOS (homens, mulheres, romanos, judeus, samaritanos, crianças, indígenas, negros, chineses, etc.) tinham DIREITO de serem feitos filhos de Deus, sendo ele próprio o Filho de Deus. Aí foi demais. Crucificação nele, e mais uma vitória para os grandes escolhidos de Deus e defensores da família tradicional.
Só que, apesar do amor imenso que o cristão bolsonarista brasileiro tem pela morte e pelo discurso de ódio, e o dinheiro acima de tudo, a história não terminou aí.
A Páscoa, na verdade, para quem lê a bíblia direitinho, deveria ser uma época de celebrar a vida, porque quando a mensagem da Páscoa é Jesus, estamos falando de vida, de ressurreição… O mais irônico é que enquanto muita igreja famosa está centralizada na adoração ao dinheiro e em endeusar seus líderes pop-stars, com mensagens que de Jesus não tem nada, pra vc que precisa conhecer Jesus, é mais fácil achar procurando aí na internet o VT do desfile da Mangueira em 2020. Mostrando um Jesus real, que realmente está junto com o homem comum, sofrendo junto as mesmas dores, um Jesus que está junto, seja você uma minoria (representado pelo Jesus-índio), seja vc um alvo do conservadorismo misógino e homofóbico (representado pelo Jesus-mulher), seja vc um excluído social (representado pelo Jesus-morador-de-rua). Um Jesus que está junto, e cujo triunfo sobre o mal faz todo sentido. Enquando a igreja brasileira mergulha na “unção de Laodicéia”, é mais fácil achar o espírito de “Filadélfia” em setores que a própria Igreja discrimina. Ligue os pontos e tire suas próprias conclusões.

A derrocada da direita e o projeto da extrema direita sequestrando o Brasil e os Estados Unidos

Trump e Bolsonaro tentam sequestrar a “direita” como se o ultraconservadorismo neofascista fosse modelo de ‘política’, quando na verdade não passa de projeto totalitarista. Chamar estes sujeitos de ‘representantes’ é um insulto à memória daqueles que, independentemente do espectro político que preferem, sempre acreditaram na democracia e lutaram por ela. O partido republicano está manchando sua história, assim como os partidos brasileiros perdendo sua base moral, ao se associar a estas figuras. Partidos brasileiros que tem “social democracia”, “liberal” e “progressista” no nome, mas que na verdade se venderam para o projeto elitista faz é tempo, ou no caso dos EUA os republicanos que até ontem se orgulhavam de ser o “partido do Lincoln”, estão neste exato momento reescrevendo sua história e sem pudor nenhum deixam claro que acima de qualquer ideal, importam os lucros para os amigos do poder e a autopromoção acima de tudo.


A história da lei Uma Gota de Sangue

A “One Drop Rule”

Entenda como a lei Estadunidense, que considerava filhos e netos de negros como pessoas de cor, deu carta branca aos senhores de escravos para continuar estuprando cativas.
A One Drop Rule (Lei da Uma Gota de Sangue) foi uma legislação adotada por estados sulistas, dos Estados Unidos, para definir, legalmente, quem era negro. A regra especificava que se uma pessoa, mesmo que fosse da cor branca, tivesse algum ancestral negro, seria considerada de cor, o que proporcionava o mesmo tratamento que os negros recebiam pelo estado e população racista.
Para criar tal lei, os legisladores norte-americanos se basearam no funcionamento legal do sistema neocolonial inglês, vigente durante o período do neocolonialismo, fase de exploração da Africa por países Europeus.
Durante o Século XIX, os Barões e soldados ingleses constantemente engravidavam mulheres habitantes da Africa Subsaariana. Para escaparem da obrigação parental, apelavam para a legislação que proibia a mistura entre brancos ingleses e negros Africanos, ficando, dessa forma, desobrigados de qualquer tipo de responsabilidade por seus descendentes negros diretos.
Foi baseado nessas perspectivas, que os Estados Sulistas dos EUA promoveram a publicação das leis “One Drop Rule”.
A promulgação desse conjunto de leis aumentou consideravelmente o número de estupros de mulheres negras escravizadas e intensificou ainda mais o problema social entre as raças brancas e negras ao longo do final do Século XIX e inicio do Século XX.
Não era incomum ver uma família com dois filhos da cor negra e dois de cor branca. A falta de direitos para negros fez com que os seus irmãos e filhos brancos tentassem de toda forma esconder suas origens e a cor de seus pais e avós, para se ter uma ideia, muitas pessoas não podiam mostrar os ancestrais em público, principalmente nas cidades do Sul.
A Lei da gota de sangue foi aplicada, legalmente, nos Estados Unidos até 1980..
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Texto – Joel Paviotti
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Foto: Isaac White e Rosina Downs, dois filhos de escravos de Nova Orleans, c. 1863. (Biblioteca do Congresso dos EUA)

(Fonte: https://www.instagram.com/gentepreta/)


Elitismo: herança colonial fraudando a democracia

“Elitismo” é um conceito segundo o qual o poder deve ficar sempre nas mãos de uma minoria privilegiada, também chamado de Oligarquismo.
Descrito inicialmente na filosofia, os critérios para se determinar essa ‘elite’ tinha como parâmetros características que os filósofos considerassem virtudes, como nível cultural e elevado padrão ético-moral.
Teoricamente, a idéia destes filósofos era que as grandes capacidades destas mentes privilegiadas trabalhassem em equipe para melhorar a vida da comunidade.
Contudo, quando este conceito foi estendido, ou melhor, sequestrado para o campo político-econômico, logo o critério para se fazer parte desta elite se tornou outro: o acúmulo de bens (independentemente da licitude ou não – dos meios utilizados para tanto).
Assim, o propósito desta elite não era mais a melhoria da comunidade como um todo mas construir um sistema que lhes permitisse continuar no poder e acumular riquezas – sistema este que dependia em grande medida de uma cultura de subserviência sendo implantada de forma eficaz entre a população geral.
No Brasil, boa parte das elites fez sua fortuna não necessariamente através do esforço próprio como gostam de dizer, mas na base da “canetada”, ganhando terras e privilégios de presente, ao se sujeitar aos caprichos de governantes desde o antigo império.
É claro, não quer dizer que todo mundo que é rico enriqueceu trapaceando. Mas sim, uma grande maioria dos abastados herdou sua fortuna.
Neste sentido, em diversas esferas da vidas pública, o Brasil vive uma democracia de fachada, uma vez que os instrumentos democratizantes são fraudados para que na prática o poder continue concentrado.
Exemplos não faltam. Os ‘coronéis’ que seja por coação, chantagem, seja por suborno, obrigam os cidadãos mais humildes a votarem em seus nomeados; os funcionários públicos que ‘tem que votar’ no atual prefeito porque é o ‘chefe’ deles, os patrões que impõem aos empregados em quem devem votar ‘porque o chefe é que sabe de tudo’; líderes religiosos que obrigam os fiéis a votarem em seus favoritos porque quem discordar deles ‘está em pecado’…
É um controle coercitivo que geralmente envolve abuso psicológico e econômico, como o exercido por coronéis e algumas igrejas, mas pode também incluir ameaças a integridade física, como por exemplo as que as milícias no RJ cometem.
O elitismo exclui o cidadão comum tanto da esfera administrativa (Executivo), quanto da mesa de elaboração das regras (Legislativo) e consequentemente do mediador que garante aplicação das regras (Judiciário).
Essa exclusão pode ser sentida no dia a dia.
Racismo, misoginia, lgbtfobia, intolerancia religiosa, nepotismo, desprezo pelo bem público e pelo meio ambiente… São apenas reflexos, desdobramentos desse elitismo excludente.
Isso mesmo: a injustiça social estrutural do Brasil e o elitismo estão diretamente relacionados.
É o banqueiro que fica revoltado vendo empregado indo pra Disney. É o shopping que trata cidadãos negros como criminosos de forma automática. É político envolvido com as milícias clamando pela volta da ditadura… É desvio de função de instrumentos de estado, como por exemplo a polícia, que passam a ser usados contra os cidadãos. É serviço público que falta nas periferias e dinheiro público despejado com regalias para amigos e parentes de governantes…
No Brasil, por oportunismo e laços históricos, há esse claro comprometimento da direita oligárquica com essa continuidade. O projeto neoliberal é a ‘meca’ dessa elite, cuja influência se estende inclusive na grande mídia.
Por outro lado, há uma RESISTÊNCIA progressista.
Contrapondo-se a isso e em defesa da real democracia, estão os grupos sociais que estão se conscientizando da necessidade de devolver ao povo o direito de escolha e decisão.
As maiores armas são o VOTO e a EDUCAÇÃO.
Por que você acha que a extrema direita se esforça tanto para desacreditar o sistema democrático e demonizar o sistema educacional?
Quando recebe educação de qualidade, o povo passa a ter uma compreensão real dos seus direitos e passa a exigir seu espaço nas tomadas de decisão, derrubando as oligarquias do poder.
O nome disso é DEMOCRACIA.

Defenda seu DIREITO. Lute pela DEMOCRACIA.

Poder para o Povo!

Racismo no Brasil, existe ou não?

Há um determinado grupo que compõe a ‘elite’ da sociedade brasileira que há gerações trabalha pela manutenção da cultura colonial na sociedade brasileira. Se autodenominam ‘conservadores’ e em geral são herdeiros dos escravagistas. Eles querem plantar a ilusão de que as reclamações das lutas antirracistas são referentes ao período da escravidão, não sendo responsabilidade da geração atual debatê-las.
O plano deles consiste em manter o nível educacional da população o mais baixo possível, visto que isso resulta na aceitação submissa dessa cultura por parte de boa parte da população – ainda que vítima da injustiça social que essa cultura colonial representa.
Mas esse conceito – de que racismo não existe e portanto não precisa ser combatido – é um argumento falso e insustentável, facilmente desmentido, na medida em que as pessoas recebem educação e conseguem ter acesso à informação e aos fatos.
A realidade, é que se você analisar QUALQUER indicador socioeconômico HOJE fica nitidamente COMPROVADO que o racismo é marcante e que a sociedade brasileira vive sim um estado funcional de segregação racial.
Repetindo: os indicadores SOCIO-ECONÔMICOS atuais da sociedade brasileira indicam clara e nítidamente que o racismo é uma REALIDADE PRESENTE.
Indicam também que estes mesmos pseudo-‘conservadores’ são SIM os RESPONSÁVEIS pelas políticas públicas e medidas econômicas – recentes e históricas – causadoras das desigualdades e injustiças sociais. Responsáveis e beneficiários.
Essa realidade REQUER SIM um posicionamento drástico e uma forte mobilização de conscientização e reeducação. Isso porque essa cultura defendida de forma ferrenha pelos conservadores é a base de sustentação de uma minoria elitista que há séculos impede o Brasil de evoluir.
O obscurantismo e o negacionismo, bem como as campanhas de desinformação e desvalorização da cultura, da arte e da educação têm um objetivo claro de incutir na população a mentalidade subserviente e conformista. Ao fazer o povo acreditar que nada pode ser mudado e que é normal ter vida análoga à de escravo.
Agora olhe para a cor da sua pele. Pesquise seu sobrenome. Descubra suas origens e de quem que eles estão falando em manter na subserviência quando dizem que não podem permitir que as coisas mudem. Ligue os pontos e decida.


O caótico método eleitoral dos E.U.A.

A primeira vista, o Sistema eleitoral americano pode parecer confuso e ridículo (pra não  dizer  um sistema bem idiota). Mas não é bem isso. Não se enganem: é  um sistema  projetado desde a fundação do país para pra servir a elite. Este método de eleição  permite que o vencedor seja eleito mesmo se perder no voto popular. É o símbolo de falsa democracia, os votos de uns valendo mais do que de outros. Os próprios signatarios da declaração de independência dos E.U.A., chamados de fundadores do país, admitiam abertamente que  para eles, o modelo ideal de governo era uma elite tomando as decisões no lugar do povo, pois se o povo tomasse as decisões, estas decisões acabariam com o modelo neoliberal de concentração de renda nas mãos da elite, levando, segundo eles, o país à ruína.
Essa crença de que só uma elite iluminada tem direito de decidir o que acontece na nação também é profunfamente arraigada na cultura brasileira, de modo que não é surpresa nenhuma que parte da classe política daqui tenha tanta admiração por este modelo norte-americano de “democracia”.


Dependencia e morte – O 7 de setembro bolsonarista.

“Desordem e Regresso”

As pessoas mais velhas contavam de um tempo antigo, em que as pessoas neste país viviam sob um estado ‘normalizado’ de pobreza e servidão. Ter casa, ou carro ou carne para comer era privilégio para poucos. Com a democratização do país e a posterior estabilização econômica, veio a mobilidade social e as pessoas puderam sonhar com algo além da escravidão funcional.
Mas nem todo mundo ficou feliz com isso.
Bolsonaro é a resposta de uma parte da sociedade que nunca aceitou o fim da escravidão e do colonialismo. Um palhaço espalhafatoso para dar ares de humor ao ódio institucionalizado.
O famigerado “odeio ver empregada indo pra disney” foi só uma pequena confissão do que essa parcela da população realmente pensa.
São os 30% felizes de ver o Brasil rumando de volta a 1964, ao menos pelo menos do aspecto socioeconomico (altos índices de desigualdade, ataques sistemáticos à democracia, pobreza crescente e concentração de riquezas nas mãos de pequenos grupos amigos do poder)…
Detonando a educação, para ver se recupera aquele índice de analfabetismo que permitiria domar na miséria uma massa submissa; detonando o meio ambiente para tentar agradar antigos mestres coloniais; detonando todos os sistemas de proteção social como sindicatos, saúde pública, conselhos de participação da sociedade civil, para fraudar novamente a democracia…
Esse sempre foi o projeto.
Essa resistência a mudanças progressistas sempre existiu e é a maior razão da humanidade ainda ser desigual e subdesenvolvida e muitos aspectos.
Sem dúvida é o pior governo da história.

Apenas ligue os pontos.


2020 ou 1920?

Alfred Rosenberg, um dos arquitetos ideológicos do 3° Reich, citou os E.U.A [de sua época] como “esplêndido país do futuro, por ser um estado racial”, prestando os maiores louvores ao modelo de estado discriminatório norte-americano, como ‘um exemplo a ser copiado’. Décadas depois, o modelo ressurge com Trump e seus supremacistas. Assim como no Brasil, com a mentalidade colonialista da extrema direita saindo das catacumbas, atualmente com os bolsonaristas, com apoio da bancada escravagista que nunca aceitou o desenvolvimento progressista.
Agora está nas mãos da presente geração – tanto nos EUA quanto no Brasil – decidir se as primeiras décadas deste século rumarão para ser uma cópia do obscuro século passado, ou se finalmente romperemos as cadeias da era das trevas de uma vez por todas. A conferir.